Na reunião do grupo de hoje, tivemos como tema de oração: a esmola, (tema orrientado pelo Vítor).
A ideia deste tema surgiu, na análise que o grupo está a fazer a Mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma, onde destaca: o jejum, a esmola e a oração.
Há 15 dias, a Inês trouxe o tema: o jejum, onde reflectimos sobre a importancia de jejuar e que tipo de jejum podemos fazer.
Hoje partimos com este tema, no 3.º domingo da Quaresma: a esmola.
Cântico inicial: Amanhecer
· Achas que a há prática da esmola é importante? Em que medida? De que forma é que podemos ajudar através da esmola…?
Depois da oração estivemos a falar sobre a ida a a Fátima do grupo de jovens e do dia Diocesano da Juventude, (que se realizará em Chaves).
Quanto à ida do grupo a Fátima, no dia 1 e 2 de Maio, ficou registado quantos jovens vão a Fátima, que são 6 elementos do grupo: Vítor, Joana, Artur, Raquel e Inês.
Quanto ao dia Diocesano da Juventude, a realizar-se no dia 25 de Abril, sábado, em que cada grupo de jovens da diocese irá apresentar uma das Cartas de São Paulo. O nosso grupo ficou com a 1.ª Carta de Timóteo, (onde da parte da manhã do encontro, exporá a carta a um grupo e da parte da tarde exporá a carta, através de uma pequena "dramatização"). Em breve iremos apresentar o programa completo sobre o dia diocesano da Juventude.
Desde já podemos dizer, que o nosso grupo de jovens se compromete, com o grupo de acólitos da Paróquia e o grupo de Escuteiros de Chaves em organizar da melhor forma o dia diocesano e acolher todos os jovens que irão participar no encontro em Chaves.
P.S.: De seguida apresentaremos a Mensagem do nosso Pároco, na Folha da Paróquia, 3.º Domingo da Quaresma.
- Qual o significado para nós da esmola?
Significado de esmola:
“Há muitas maneiras de combater a esmola. Uma delas parte da própria condenação do ato de dar esmolas, considerando basicamente dois pressupostos: primeiro, que a condição da existência da esmola - a desigualdade - é indigna; segundo, porque, na perspectiva republicana, as pessoas que necessitam de ajuda devem ser assistidas por políticas públicas permanentes e normalizadas e não podem depender de favores.
Essas condições remetem-nos a uma reflexão: para haver condenação do ato de dar esmolas é necessário ter certeza de que temos as condições sociais para eliminá-las. A primeira condição é o fim da desigualdade social. Mas isso, entre nós, ainda é uma realidade em construção, alcançada por um caminho que estamos trilhando, calçando com vigorosas políticas, mas ainda não é fato. Precisamos então verificar se temos as políticas sociais estruturadas adequadamente de modo que as pessoas necessitadas possam ter a devida ajuda do Estado. Esse é um dos propósitos da estruturação e consolidação da ampla rede de protecção e promoção social em torno da qual estamos trabalhando no governo federal. É uma rede formada por políticas normalizadas em lei, amplamente discutidas com a sociedade, com objectivos, normas, procedimentos e metas definidas por critérios objectivos. No entanto, para que essa rede republicana funcione efectivamente, é fundamental a adesão e participação de todos os entes federados para que as políticas cheguem, efectivamente, àqueles que mais precisam.
A crítica da esmola é pertinente na medida em que denuncia as condições sociais que permitem sua existência e que evidenciam o seu lado indigno. Mas devemos cuidar para que essa crítica não resvale para crítica ao ato de ajudar o próximo. Há um significado importante da esmola e o resgate de sua essência, dando a ela o devido lugar que ocupa na construção de valores de fraternidade e solidariedade, é outra maneira de combater a falta de indignidade que reside no ato de dar ou receber esmolas.
No contexto religioso, a esmola guarda a dimensão de combate a injustiça. Na quaresma de 1979, o Papa João Paulo II lembrava que essa abordagem é mesmo anterior ao evangelho, indicando o caminho para Deus. Em hebraico, a palavra utilizada, como observou o Papa em seu texto, é "sedaqah", que significa "justiça". Nas traduções do Novo Testamento, a palavra em grego, "eleemosyne", vem "eleos", que significa compaixão e misericórdia.
A crítica da esmola é pertinente na medida em que denuncia as condições sociais que permitem sua existência
A perda das referências ética, moral e social conferida dentro da tradição cristã tem contribuído para reforçar o papel imobilizador e indigno da esmola porque, na origem, ela é a expressão de uma prática de partilha, de doação, de fraternidade, de solidariedade. Para São Francisco de Assis e seus seguidores, a esmola significava estar no lugar onde estavam todos os excluídos - doentes, leprosos, mendigos, mulheres e crianças.
São várias as passagens do Evangelho onde Jesus se aproxima dos excluídos e exalta o valor da partilha, da ajuda, da fraternidade, da misericórdia, da "eleemosyne". A mais conhecida passagem está na imagem do Juízo Final descrita por Mateus: "Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber; era peregrino e recebestes-me; estava nu e destes-me de vestir; adoeci e visitastes-me; estive na prisão e fostes ter comigo". Então, os justos responder-lhe-ão: "Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?". E o Rei dir-lhes-á em resposta: "Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes" (Mt. 25, 35-40).
Outra passagem do Evangelho, em Lucas, descreve o exemplo da viúva pobre que deixa no templo, em esmola, tudo o que tinha para viver. E Jesus observa o gesto, dizendo que era a maior das esmolas porque não havia sido tirada do supérfluo. Era a verdadeira partilha entre os pobres. A esmola, na dimensão transformadora do amor cristão, não é aquela que é retirada das sobras. É a própria partilha. É a própria indignação diante das diferenças. Os pobres não merecem as sobras. O que é necessário é acabar com a pobreza e tirá-los da condição de necessidade. A esmola tem de ser antes uma ponte de diálogo com os pobres, como prega a tradição franciscana pautada pelos princípios evangélicos, uma forma de conhecer o outro, de saber de suas necessidades e se aproximar dele. Se, ao contrário, for entrega de sobras e, assim, ser uma fuga do contacto com os pobres, não tem nenhum valor e se inscreve na perspectiva da humilhação porque deixa a falta mais evidente.
No mesmo princípio fundador da esmola misericordiosa, vamos encontrar o argumento para discutir a função social do lucro e da propriedade, a necessidade de dividir, de compartilhar, de formar uma sociedade mais justa, onde não seja necessário rogar por esmola, onde não haja submissão e inferioridade de um cidadão diante do outro.
Não nos esqueçamos que a esmola, em toda sua história que remonta a tradição judaico-cristã - e também de outras religiões - é um gesto de momento. Portanto, temos de reconhecer que uma grande conquista dos nossos tempos, do Estado Democrático de Direito, é o fato de hoje permitirmos que o atendimento das necessidades básicas das pessoas não sejam movidas por momento, mas que sejam um compromisso solidário de todas as pessoas para assegurar o acesso regular e constante a todos os serviços e direitos necessários à dignidade humana: alimentação, segurança económica, assistência social, trabalho, saúde, educação, moradia etc. A maior justiça que podemos alcançar com esse ideal de fraternidade é ter Estado e sociedade compartilhando bens e valores na construção de um projecto de nação que promova o mais forte sentimento de pertencente, de pátria.”
(in Patrus Ananias é ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome)
Reflexão…
· Achas que ao escolher livremente a esmola, para ajudar os outros mostramos concretamente que não somos indiferentes às dificuldades do próximo?
Olá! Aqui te apresentamos mais uma oração do grupo, com o seguinte tema: Quaresma. Esta oração foi feita pelo Vítor, num domingo do tempo de Quaresma de 2008.
O que é para cada um de vocês a Quaresma?
João Paulo II diz-nos na sua carta que a quaresma é um tempo de reflexão, (sobre os seus pecados, o que uma pessoa fez de mal e que poderá corrigir), para as pessoas se prepararem para a Páscoa.
"A raiz de todos os males é amor ao dinheiro, por causa do qual alguns se desviaram da Fé e se enredaram em muitas aflições."
Proponho fazer uma pequena oração de grupo, como o grupo está arrependido dos erros que cometeram ao longo do ano e comprometer-se para melhorar o grupo.
Oração:
Nós te pedimos senhor que nos perdões, pelos erros que cometemos no grupo e que daqui para a frente vamos comprometer como um grupo mais unido, tendo um objectivo em comum. Saber ouir e saber falar, respeitar e ser respeitado. Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amén.
Com muito amor e carinho espero que nos ouças, tu que és o salvador - Jesus Cristo.
Até amanha....
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