Domingo, 24 de Janeiro de 2010

Momentos XVIII - Barraca do Grupo na Feira dos Santos e Festa de Natal

Olá! Esperamos que estejas a passar um bom fim de semana e em particular um bom Domingo - Dia do Senhor.

Mais uma vez partilhamos contigo um tema que ultimamente temos reforçado aqui no blog do grupo de jovens - Momentos. Este tema quer seja apresentado em vídeos ou fotos ou cânticos do grupo, tem como objectivo mostrar a todos o que grupo tem feito ao longo dos anos na paróquia, além de ser uma forma de lembrar e agradecer todos os jovens que contribuirem e enriqueceram o mesmo grupo.

Hoje no tema momentos, que se apresenta na XVIII apresentação, trazemos algumas fotos de uma edição da Feira dos Santos de Chaves, onde o grupo participa com a sua barraquinha para angariar fundos para as suas actividades a realizar ao longo do ano. Mostramos por último fotos de uma edição da Festa de Natal onde o grupo participou.

 

Começamos pela Feira dos Santos....

Quanto a esta feira e desde o momento em que o Grupo de Jovens Emanuel teve a iniciativa de participar nela, em cada ano e de forma antecipada as coisas iam sendo antecipadas, para durante a Feira do Santos estar tudo organizado para com a barraco pronta, se dar início à venda de rifas para angariação de fundos.

Antes de mostrar as fotos descrevomos um pouco da organização da nossa Participação na Feira:

- A partir de Setembro até aos dias antecedentes da Feira, (30-31 e 1 de Novembro) organizavam-se as coisas.

Em primeiro havia uma lista de lojas da cidade e de algumas empresas, (como o exemplo da Munivel ou Mundo da Música) em que cada jovem do grupo se comprometia a levar uma carta a lojas e empresas, onde se descrevia quem era o grupo, o porquê de pedir a ajuda, qual a finalidade que os seus donativos tinham e a data em que o elemento do grupo passaria nessa loja/empresa. Lembro que os donativos que cada empresa ou loja dava eram produtos que eles tinham para vender aos seus clientes.

Na devida data referida na carta, os jovens passariam nas lojas e empresas e recolhiam as ofertas dadas pelos seus proprietários, ao qual se agradecia prontamente a sua colaboração.

De seguida e reunidas todas as ofertas, os jovens juntavam-se uma noite e no Jardim de Infãncia da Lapa para fazer a contagem do material, divisão em lotes e iniciava-se em pequenos papéis a descriçao de cada objecto, sendo depois bem dobrado, dando resultado à rifa.

 

Depois de se fazer todo este trabalho, num outro domingo, eram criadas equipas para estar nos diferentes turnos de 3/4 horas durante os dias da feira. Cada equipa tinha entre 6/8 elementos e tinha um chefe de equipa que ficava responsável no final do seu turno de fazer a contagem do material existente na barraca e do dinheiro angariado até ao momento.

Posto todo este trabalho, um dia antes de se inciar a feira era montada barraca, (que ficava perto do Posto de Turismo no Jardim do Bacalhau) pelos elementos masculinos do grupo e eram deixados já aí algums materiais para venda e identificação do grupo.

Lembramos que a barraca durante o ano era guardado na casa de uma pessoa amiga do grupom, numa aldeia perto de Chaves.

 

Aqui ficam algumas fotos da participação do grupo...

Pedimos desde já a tua ajuda para identificares alguns jovens que aparecem nas fotos e o ano respectivo das fotos.

 

Animador do grupo no interior da barraca dos Santos. Quem será?

 

A boa disposição reuniava entre estes jovens do grupo...

 

Quem serão estes 3 jovens?

 

E aqui aparecem mais dois jovens que ajudavam na barraquinha d Grupo. O Diogo Ramos e...quem será a menina ao lado? 

 

E aqui aparecem mais alguns jovens...entre os quais José Pimentel, Luís...e quem serão os outros jovens!?

 

Eis aqui outro momento de animação...o Artur á esquerda e à direita quem será o animador mascarado?

 

 

Mais 3 jovens: Sónia, Artur e Miguel  (todos com a identificação do Grupo).

 

Mais jovens junto da barraquinha e o animador a animar os que passavam, entusiasmando-os a comprar uma rifa e entregando depois um brinde às crianças...rebuçados ou chupa-chupas, (como se pode ver a criança junto do animador).

 

 

Mostramos uma última foto sobre os jovens participantes na barraquinha dos Santos. Para esta foto pedimos a tua ajuda...querm serão estas jovens?

 

Nota: Lembramos que o valor de cada rifa no qual saia sempre um prémio, tinha o valor de 0.50 escudos, (correspondendo agora a 0.25 centimos).

No final da edição da Feira dos Santos os rapazes do grupo desmontavam a barraca do grupo e ela seria guardada, tal como o material que sobrasse, (resultaria para venda no ano seguinte). No domingo seguint na reunião de grupo seria feita a análise das receitas de venda dass rifas, (dinheiro que seria utilizado depois em actividades ao longo do ano a realizar pelo grupo, em especial a viagem anual).

 

Festa de Natal 

 

Passamos agora a mostrar algumas fotos da participação do grupo na Festa de Natal.

Lembramos que o grupo realizava todos os anos a Festa de Natal, um pouco antes do Natal. Esta festa chegou a ser realizada no Lar de Santa Marta, (feita pelos jovens  com dinamização de músicas e encenação do nascimento de Jesus para os idosos).

Pedimos a TUA ajuda para nos dizeres o local, data e os jovens que vês nas fotos seguintes...

 

Alguns dos jovens da foto que estão a cantar são o Augusto e José pimentel e nos instrumentos a tocar são o Artur e o Ricardo. Quem será a jovem que se encontra ao lado direito do Augusto?

 

Concegues reconhecer algum dos jovens que se encontra no Palco, (além dos mencionados anteriormente)...!?

 

Esta foto mostra todos os jovens do grupo, com um gorro de Natala cantar músicas alúsivas há época.

 

Nesta última foto, vê-se o Artur a tocar saxofone e o Augusto a cantar bem animado...

 

Com esta última foto terminamos o post de hoje dedicado a dois momentos marcantes de actividades que já se fizeram no grupo: Barraca da Feira dos Santos  e a Festa de Natal.

Hoje e infelizmente não se realizam estas duas actividades, devido aos poucos jovens que há no grupo e dos que estão, quase todos estão na universidade, o que tem impedido de fazer com que se organize este tipo de actividades com toda a organização que as envolve.

Esperamos num futuro próximo com mais jovens possamos reinicar estas actividades e outras e dinamizar mais e melhor o grupo na Paróquia de Santa Maria Maior em Chaves.

 

Não nos podemos esquecer de mais uma vez de agradecer a todos os jovens que passaram nno grupo e que marcam actividades como as que apresentamos em cima, dos quais destacamos:

- Augusto,

- Artur;

- Sónia;

- José Pimentel;

-  Diogo Ramos;

- Eduardo;

- Ricardo Fernandes;

- Margarida;

- Miguel;

- Susana;

- entre outros(as) que deram o seu grande contributo no grupo.

 

Muito Obrigado(a) a TODOS!!

 

Agradecemos também a todas as pessoas que directa ou inderectamente contribuirem na barraquinha dos Santos, (quer a comprar uma rifa, quer comerciantes ou empresários que deram algum produto para vendermos na barraca). Foi devido a estas pessoas que posteriormente a cada ediçao da Feira dos Santos em que o Grupo de Jovens participou conseguiu com o dinheiro adquirido poder fazer algumas actividades.

 

Não nos podiamos esquecer das nossas queridas Irmãs Efigénia e Maria José, que muito contribuem no grupo em tudo! Sem elas o grupo não seria o mesmo.

 

P.S.: Gostariamos de receber a tua mensagem acerca deste post ou mesmo se foste elemento do grupo, gostaria de vermos aqui uma mensagem tua...Ficamos á espera!!

Publicado por gjemanuel-chaves às 19:04
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Sábado, 9 de Janeiro de 2010

Momentos XVII - 1º Acampamento do Grupo de Jovens Em Soutelo

Olá! Hoje trazemos aqui um pequeno vídeo onde recordamos o 1º Acampamento realizado em Soutelo, na quinta dos Irmãos Maristas. Este acampamento realizou-se de 1 a 3 de Agosto de 2003.

Este acampamento marcou muito a todos os jovens, não só por ser vivido intensamente, mas por ser o último acampamento em que alguns jovens que fizeram caminhada no grupo, saíram, (por motivos profissionais e/ou pessoais). A todos estes jovens e aos que continuaram caminho no grupo, nós agradecemos tudo o que foi e tem sido construido no grupo e na Paróquia em relação aos Jovens.

 

Descrevemos-te a Organização dos 3 dias de Acampamento: 

 

Nota: Para que o acampamento corresse da melhor forma foram criadas diversas equipas que iam fazendo diversas actividades ao longo do Acampamento, tais como:

- Limpeza e armação das tendas na sexta de manhã;

- Preparaçã de almoço e jantar em cada dia, (quer na cozinha da casa dos Maristas, quer nos grelhados);

- Preparação da oração da manhã e da noite de cada dia;

- Equipa de vigia na zona das tendas durante a noite, (estando dividida por vários turnos de 3/4 horas de 2/3 pesssoas por turno, de forma a garantir segurança a todos no local);

- Preparação de jogos para os diversos momentos do dia.

- Entre outras coisas...

 

Além disto no Acampamento era feito o sorteio do jogo do "Amigo Secreto". Este jogo tem como objectivo fazer com que todas as pessoas se conhecam melhor e fortaleçam os laços de amizade entre si. Havia num saco em papeis, todos os nomes dos jovens do grupo, em que cada um tirava um papel e via qual o amigo secreto lhe calhava.

Durante o acampamento cada jovem podia mandar cartas, (que colocava numa caixa do correio existente) ou deixar pequenas surpresas feitas para enviar por alguém ao seus ou sua amigo/a secreto/a.

A pessoa que recebesse ia tentando descobrir quem era o seu amigo/a.

A descoberta do amigo secreto era feita no domingo.

 

Dia 1- Sexta-feira:

- Pela manhã havia uma "equipa" que ficou encarrege de limpar o espaço onde ficariam as tendas, (no lado direito da casa dos Maristas), onde eles montavam as tendas. Depois destas tarefas ficavam responsáveis por guardar a comida na casa dos Ir. Maristas e preparar algumas surpresas para os jovens do grupo que chegariam durante a tarde.

 

-  Ao final da tarde os jovens começavam a chegar ao local do Acampmaneto e eram recebidos pela "equipa" que se encontrava. De seguida guardavam os seus sacos nas tendas onde iriam dormir, seguia-se uma momento de brincadeiras entre todos.

 

- Uma "segunda equipa" preparou o jantar para todos, (normalmente todos comiam numa zona perto das tendas, nos rochedos).

 

- Após o jantar uma outra  equipa já tinha preparado umas actividades para se fazer, que penso que se iniciou com o jogo do garrafão. Este jogo havia um garrafão à frente da casa dos Maristas, onde um grupo tinha que encontrar todos os jovens que se escondiam. Sempre que apanhassem alguém tinham que tocar no garrafão e dizer o nome da pessoa, ficando essa pessoa "presa". Quem estivesse escondido podia ajudar quem estava preso dando um chuto no garrafão e dizendo o nome da pessoa, fazendo com que esta se soltasse e pudesse fugir de novo. Neste jogo ganhava a equipa que tinha prendido todos prendido todos os fugitivos, caso não conseguisse, os fugitivos estavam sempre em vantagem e a ganhar.

Era um jogo bastante divertido e que demorava algum tempo...

 

- Após este jogo uma "equipa" já tinha preparado a oração da noite, que era feito nas rochas perto das tendas. Na oração  reflectia-se sobre um tema, sendo que havia um momento em que todos podiam pensar para si ou partilhar algo.

 

- Terminada a oração todos seguiam para as suas tendas para dormir, quer dizer na galhofada a tagarelar ou jogar umas cartitas....:-D enquanto uma "equipa" vigiava junto à lareira o acampamento.

 

-----------

 

Sábado - Dia 2

 

- Logo pela manhã alguém gostava de acordar os outros com música, (quer fosse de rádio, viola ou o que se lembrasse). Seguia-se a ida do jovens para a oração que era feita num local com pedras colocadas em redondo onde aí era feita a oração.

 

- Após a oração seguia-se o pequeno-almoço, (o pão trazido pelo padeiro ali, pedido pelas Irmãs Maria José e Efigénia).

 

- Seguiam-se as limpezxas nos diversos onde estavamos e algumas jogos. Sendo que ficaria já uma equipa responsável pela preparação do almoço, (grelhados e outros).

 

- Almoço por volta do 12.30, um momento de grande animação entre todos.

 

- Durante a tarde havia tempo para jogar á bola, (futebol e voleibol nos espaços envolventes à casa dos maristas). Lembro que o campo de futebol existente tinha tojos, paus pelo meio que tivemos que desviar.

 

- Por volta das 17 horas houve tempo para o banho ao ar livre...banho à mangueirada...:-D

 

- Seguia-se o lanche, com mais algumas brincadeiras ate chegar o jantar que outra equipa ia preparando.

 

- Após o jantar que se realizava por volta das 20horas, havia tempo para mais um jogo:

 - Jogo das Torres: Neste jogo existiam 3 torres, que eram 3 pessoas que estavam escondidas e com bilhetes que cada grupo de 3/4 pesssoa, (por grupo, entre todos os jovens) tinha que encontrar. O grupo que encontrasse a 3ª torre ganhava o jogo, (lembro que a terceira torre era a mais dificil de encontrar. As pistas para cada grupo encontrar as torres era feito por sinais luminosos de lanternas projectados pela pessoa que se encontrava na Torre.

Recordo que a 3ª Torre deste jogo era o José Pimentel e que o grupo que o encontrou não lhe foi fácil, tal era o sítio que ele se encontrava.

 

- Após se terminar o jogo e de um breve descanso de todos, seguia-se a oração da noite junto da lareira, perto das tendas.

 

- Com o fim da oração e de as Imãs irem descansar todos os jovens juntavam-se todos perto da lareira, com cobertores para ver um filme no computador...era um momento espectacular e em que as Irmãs, (principlamente se preocupavam connosco pensando que passavamos frio e que deveriamos ir descansar), mas o que o grupo queria era ver o filme.

 

--------

 

Domingo - Dia 3

 

- Neste dia o acordar era um pouco semelhante ao anterior, mas com a particularidade de não fazermos ali a oração da manhã, mas tomarmos o pequeno-almoço e seguiriamos a pé para a Igreja de Soutelo, onde assistiriamos à Eucaristia. Era um momento especial pois todo o grupo de jovens era bem recebido pela população da aldeia, sendo mesmo referidos pelo Pároco que presidia à Eucaristia.

 

- Após a Eucaristia vinhamos de novo para o Acampamento na quinta dos Maristas, onde nos preparavamos para o almoço, (que uma equipa iria fazer).

 

- Após o almoço era feita a descoberta do "amigo secreto":

cada um tinha feito um presente final para dar ao seu amigo/a feito com materiais que encontrasse no campo, (madeira, flores, pedras e outras coisas da sua imaginação). Nesse momento descobriasse quem era quem o amigo/a secreto/a de alguém. Era um momento divertido, mas acima de tudo, momento para reforçar a amizade entre todos.

 

- De seguida cada um começava com as limpezas e arrumações: cada um arruma as suas coisas, (saco, tenda e outras) e depois ajuda nas limpezas de todo o espaço envolvente para o deixarmos melhor do que o encontramos. Eram limpas as cazas de banho, espaço de entrada da casa, espaços onde estavam as tendas, todo o lixo era levado para os contentores do lixo.

 

Após as limpezas terminava o Acampamento com muita saudade para todos por ver aqueles bons momentos passados juntos num fim de semana terminados. Era um momento em que todos desejavam que o ano passasse rápido, para poder participar no acampamento seguinte.

 

 

Apresentamos-te um pequeno vídeo com os melhores momentos do Acampamento:

 

 

 

 

Não nos podiamos esquecer de agradecer a todos os jovens que participaram no Acampamento e que o tornaram muito especial:

 

- Irmãs Maria José e Efigénia, que muito fizeram para que o acampamento se tornasse real, possível e tão especial para todos os jovens;

- Irmãos Maristas, por nos disponibilizarem, todo o seu espaço, toda ajuda no que nós precisassemos e toda amizade que têm por nós. Não posso esquecer que o Irmão Tomé ainda almoçou e jantou connosco durante o Acampamento.

- Aos jovens:

. Augusto;  

. Artur;

. Susana;

. Sónia;

. Ricardo Fernandes;

. Ricardo;

. Sandra Alves;

. Sandra Gonçalves;

. Carla;

. Margarida;

. Regina;

. Andreia;

. Armando;

. Filipe;

. Rodrigo;

. Nádia;

. Diana;

. Vítor;

. Paulo;

. José Pimentel;

. "Bexigas";

. Mara;

. Paula Nascimento;

. Licinia;

. Paulo;

. [Esperamos não o estar a fazer, mas pedimos desculpa se esquecemos de algum nome...mas lembramos que ninguém está esquecido no Grupo de Jovens Emanuel] 

 

A todos os jovens um muito, muito Obrigado em nome do GRUPO DE JOVENS EMANUEL por todos os momentos bons que criaram e deixarm neste 1º Acampamento em Soutelo, na Quinta dos Maristas.

 

 P.S.: Partilha connosco a tua opinião acerca do vídeo.

Publicado por gjemanuel-chaves às 17:22
Link do post | Comentar | Ver comentários (1) | Adicionar aos favoritos
Terça-feira, 5 de Janeiro de 2010

Reflexão com Mercedes Sosa, Beth Carvalho e Gandhi

Hoje partilhamos contigo um vídeo para reflexão, um vídeo sobre a vida...reflexão de Mercedes Sosa, Beth Carvalho e Gandhi.

Espero que gostes...

 

 

Partilha a tua opinião acerca deste vídeo que te apresentamos...

Publicado por gjemanuel-chaves às 13:03
Link do post | Comentar | Ver comentários (1) | Adicionar aos favoritos
Domingo, 3 de Janeiro de 2010

Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz - 2010

Deixamos-te hoje a Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz, de 2010.

 

 

 

SE QUISERES CULTIVAR A PAZ, PRESERVA A CRIAÇÃO

 

 

1. Por ocasião do início do Ano Novo, desejo expressar os mais ardentes votos de paz a todas as comunidades cristãs, aos responsáveis das nações, aos homens e mulheres de boa vontade do mundo inteiro. Para este XLIII Dia Mundial da Paz, escolhi o tema: Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. O respeito pela criação reveste-se de grande importância, designadamente porque «a criação é o princípio e o fundamento de todas as obras de Deus»[1] e a sua salvaguarda torna-se hoje essencial para a convivência pacífica da humanidade. Com efeito, se são numerosos os perigos que ameaçam a paz e o autêntico desenvolvimento humano integral, devido à desumanidade do homem para com o seu semelhante – guerras, conflitos internacionais e regionais, actos terroristas e violações dos direitos humanos –, não são menos preocupantes os perigos que derivam do desleixo, se não mesmo do abuso, em relação à terra e aos bens naturais que Deus nos concedeu. Por isso, é indispensável que a humanidade renove e reforce «aquela aliança entre ser humano e ambiente que deve ser espelho do amor criador de Deus, de Quem provimos e para Quem estamos a caminho».[2]

2. Na encíclica Caritas in veritate, pus em realce que o desenvolvimento humano integral está intimamente ligado com os deveres que nascem da relação do homem com o ambiente natural, considerado como uma dádiva de Deus para todos, cuja utilização comporta uma responsabilidade comum para com a humanidade inteira, especialmente os pobres e as gerações futuras. Assinalei também que corre o risco de atenuar-se, nas consciências, a noção da responsabilidade, quando a natureza e sobretudo o ser humano são considerados simplesmente como fruto do acaso ou do determinismo evolutivo.[3] Pelo contrário, conceber a criação como dádiva de Deus à humanidade ajuda-nos a compreender a vocação e o valor do homem; na realidade, cheios de admiração, podemos proclamar com o salmista: «Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que lá colocastes, que é o homem para que Vos lembreis dele, o filho do homem para dele Vos ocupardes?» (Sl 8, 4-5). Contemplar a beleza da criação é um estímulo para reconhecer o amor do Criador; aquele Amor que «move o sol e as outras estrelas».[4]

3. Há vinte anos, ao dedicar a Mensagem do Dia Mundial da Paz ao tema Paz com Deus criador, paz com toda a criação, o Papa João Paulo II chamava a atenção para a relação que nós, enquanto criaturas de Deus, temos com o universo que nos circunda. «Observa-se nos nossos dias – escrevia ele – uma consciência crescente de que a paz mundial está ameaçada (…) também pela falta do respeito devido à natureza». E acrescentava que esta consciência ecológica «não deve ser reprimida mas antes favorecida, de maneira que se desenvolva e vá amadurecendo até encontrar expressão adequada em programas e iniciativas concretas».[5] Já outros meus predecessores se referiram à relação existente entre o homem e o ambiente; por exemplo, em 1971, por ocasião do octogésimo aniversário da encíclica Rerum novarum de Leão XIII, Paulo VI houve por bem sublinhar que, «por motivo de uma exploração inconsiderada da natureza, [o homem] começa a correr o risco de a destruir e de vir a ser, também ele, vítima dessa degradação». E acrescentou que, deste modo, «não só o ambiente material se torna uma ameaça permanente – poluições e lixo, novas doenças, poder destruidor absoluto – mas é o próprio contexto humano que o homem não consegue dominar, criando assim para o dia de amanhã um ambiente global que se lhe poderá tornar insuportável. Problema social de grande envergadura, este, que diz respeito à inteira família humana».[6]

4. Embora evitando de intervir sobre soluções técnicas específicas, a Igreja, «perita em humanidade», tem a peito chamar vigorosamente a atenção para a relação entre o Criador, o ser humano e a criação. Em 1990, João Paulo II falava de «crise ecológica» e, realçando o carácter prevalecentemente ético de que a mesma se revestia, indicava «a urgente necessidade moral de uma nova solidariedade».[7] Hoje, com o proliferar de manifestações duma crise que seria irresponsável não tomar em séria consideração, tal apelo aparece ainda mais premente. Pode-se porventura ficar indiferente perante as problemáticas que derivam de fenómenos como as alterações climáticas, a desertificação, o deterioramento e a perda de produtividade de vastas áreas agrícolas, a poluição dos rios e dos lençóis de água, a perda da biodiversidade, o aumento de calamidades naturais, o desflorestamento das áreas equatoriais e tropicais? Como descurar o fenómeno crescente dos chamados «prófugos ambientais», ou seja, pessoas que, por causa da degradação do ambiente onde vivem, se vêem obrigadas a abandoná-lo – deixando lá muitas vezes também os seus bens – tendo de enfrentar os perigos e as incógnitas de uma deslocação forçada? Com não reagir perante os conflitos, já em acto ou potenciais, relacionados com o acesso aos recursos naturais? Trata-se de um conjunto de questões que têm um impacto profundo no exercício dos direitos humanos, como, por exemplo, o direito à vida, à alimentação, à saúde, ao desenvolvimento.

5. Entretanto tenha-se na devida conta que não se pode avaliar a crise ecológica prescindindo das questões relacionadas com ela, nomeadamente o próprio conceito de desenvolvimento e a visão do homem e das suas relações com os seus semelhantes e com a criação. Por isso, é decisão sensata realizar uma revisão profunda e clarividente do modelo de desenvolvimento e também reflectir sobre o sentido da economia e dos seus objectivos, para corrigir as suas disfunções e deturpações. Exige-o o estado de saúde ecológica da terra; reclama-o também e sobretudo a crise cultural e moral do homem, cujos sintomas há muito tempo que se manifestam por toda a parte.[8] A humanidade tem necessidade de uma profunda renovação cultural; precisa de redescobrir aqueles valores que constituem o alicerce firme sobre o qual se pode construir um futuro melhor para todos. As situações de crise que está atravessando, de carácter económico, alimentar, ambiental ou social, no fundo são também crises morais e estão todas interligadas. Elas obrigam a projectar de novo a estrada comum dos homens. Impõem, de maneira particular, um modo de viver marcado pela sobriedade e solidariedade, com novas regras e formas de compromisso, apostando com confiança e coragem nas experiências positivas realizadas e rejeitando decididamente as negativas. É o único modo de fazer com que a crise actual se torne uma ocasião para discernimento e nova projectação.

6. Porventura não é verdade que, na origem daquela que em sentido cósmico chamamos «natureza», há «um desígnio de amor e de verdade»? O mundo «não é fruto duma qualquer necessidade, dum destino cego ou do acaso, (…) procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participantes do seu Ser, da sua sabedoria e da sua bondade».[9] Nas suas páginas iniciais, o livro do Génesis introduz-nos no projecto sapiente do cosmos, fruto do pensamento de Deus, que, no vértice, colocou o homem e a mulher, criados à imagem e semelhança do Criador, para «encher e dominar a terra» como «administradores» em nome do próprio Deus (cf. Gn 1, 28). A harmonia descrita na Sagrada Escritura entre o Criador, a humanidade e a criação foi quebrada pelo pecado de Adão e Eva, do homem e da mulher, que pretenderam ocupar o lugar de Deus, recusando reconhecer-se como suas criaturas. Em consequência, ficou deturpada também a tarefa de «dominar» a terra, de a «cultivar e guardar» e gerou-se um conflito entre eles e o resto da criação (cf. Gn 3, 17-19). O ser humano deixou-se dominar pelo egoísmo, perdendo o sentido do mandato de Deus, e, no relacionamento com a criação, comportou-se como explorador pretendendo exercer um domínio absoluto sobre ela. Mas o verdadeiro significado do mandamento primordial de Deus, bem evidenciado no livro do Génesis, não consistia numa simples concessão de autoridade, mas antes num apelo à responsabilidade. Aliás, a sabedoria dos antigos reconhecia que a natureza está à nossa disposição, mas não como «um monte de lixo espalhado ao acaso»,[10] enquanto a Revelação bíblica nos fez compreender que a natureza é dom do Criador, o Qual lhe traçou os ordenamentos intrínsecos a fim de que o homem pudesse deduzir deles as devidas orientações para a «cultivar e guardar» (cf. Gn 2, 15).[11] Tudo o que existe pertence a Deus, que o confiou aos homens, mas não à sua arbitrária disposição. E quando o homem, em vez de desempenhar a sua função de colaborador de Deus, se coloca no lugar de Deus, acaba por provocar a rebelião da natureza, «mais tiranizada que governada por ele».[12] O homem tem, portanto, o dever de exercer um governo responsável da criação, preservando-a e cultivando-a.[13]

7. Infelizmente temos de constatar que um grande número de pessoas, em vários países e regiões da terra, experimenta dificuldades cada vez maiores, porque muitos se descuidam ou se recusam a exercer sobre o ambiente um governo responsável. O Concílio Ecuménico Vaticano II lembrou que «Deus destinou a terra com tudo o que ela contém para uso de todos os homens e povos».[14] Por isso, a herança da criação pertence à humanidade inteira. Entretanto o ritmo actual de exploração põe seriamente em perigo a disponibilidade de alguns recursos naturais não só para a geração actual, mas sobretudo para as gerações futuras.[15] Ora não é difícil constatar como a degradação ambiental é muitas vezes o resultado da falta de projectos políticos clarividentes ou da persecução de míopes interesses económicos, que se transformam, infelizmente, numa séria ameaça para a criação. Para contrastar tal fenómeno, na certeza de que «cada decisão económica tem consequências de carácter moral»,[16] é necessário também que a actividade económica seja mais respeitadora do ambiente. Quando se lança mão dos recursos naturais, é preciso preocupar-se com a sua preservação prevendo também os seus custos em termos ambientais e sociais, que se devem contabilizar como uma parcela essencial da actividade económica. Compete à comunidade internacional e aos governos nacionais dar os justos sinais para contrastar de modo eficaz, no uso do ambiente, as modalidades que resultem danosas para o mesmo. Para proteger o ambiente e tutelar os recursos e o clima é preciso, por um lado, agir no respeito de normas bem definidas mesmo do ponto de vista jurídico e económico e, por outro, ter em conta a solidariedade devida a quantos habitam nas regiões mais pobres da terra e às gerações futuras.

8. Na realidade, é urgente a obtenção de uma leal solidariedade entre as gerações. Os custos resultantes do uso dos recursos ambientais comuns não podem ficar a cargo das gerações futuras. «Herdeiros das gerações passadas e beneficiários do trabalho dos nossos contemporâneos, temos obrigações para com todos, e não podemos desinteressar-nos dos que virão depois de nós aumentar o círculo da família humana. A solidariedade universal é para nós não só um facto e um benefício, mas também um dever. Trata-se de uma responsabilidade que as gerações presentes têm em relação às futuras, uma responsabilidade que pertence também a cada um dos Estados e à comunidade internacional».[17] O uso dos recursos naturais deverá verificar-se em condições tais que as vantagens imediatas não comportem consequências negativas para os seres vivos, humanos e não humanos, presentes e vindouros; que a tutela da propriedade privada não dificulte o destino universal dos bens;[18] que a intervenção do homem não comprometa a fecundidade da terra para benefício do dia de hoje e do amanhã. Para além de uma leal solidariedade entre as gerações, há que reafirmar a urgente necessidade moral de uma renovada solidariedade entre os indivíduos da mesma geração, especialmente nas relações entre os países em vias de desenvolvimento e os países altamente industrializados: «A comunidade internacional tem o imperioso dever de encontrar as vias institucionais para regular a exploração dos recursos não renováveis, com a participação também dos países pobres, de modo a planificar em conjunto o futuro».[19] A crise ecológica manifesta a urgência de uma solidariedade que se projecte no espaço e no tempo. Com efeito, é importante reconhecer, entre as causas da crise ecológica actual, a responsabilidade histórica dos países industrializados. Contudo os países menos desenvolvidos e, de modo particular, os países emergentes não estão exonerados da sua própria responsabilidade para com a criação, porque o dever de adoptar gradualmente medidas e políticas ambientais eficazes pertence a todos. Isto poder-se-ia realizar mais facilmente se houvesse cálculos menos interesseiros na assistência, na transferência dos conhecimentos e tecnologias menos poluidoras.

9. Um dos nós principais a enfrentar pela comunidade internacional é, sem dúvida, o dos recursos energéticos, delineando estratégias compartilhadas e sustentáveis para satisfazer as necessidades de energia da geração actual e das gerações futuras. Para isso, é preciso que as sociedades tecnologicamente avançadas estejam dispostas a favorecer comportamentos caracterizados pela sobriedade, diminuindo as próprias necessidades de energia e melhorando as condições da sua utilização. Ao mesmo tempo é preciso promover a pesquisa e a aplicação de energias de menor impacto ambiental e a «redistribuição mundial dos recursos energéticos, de modo que os próprios países desprovidos possam ter acesso aos mesmos».[20] Deste modo, a crise ecológica oferece uma oportunidade histórica para elaborar uma resposta colectiva tendente a converter o modelo de desenvolvimento global segundo uma direcção mais respeitadora da criação e de um desenvolvimento humano integral, inspirado nos valores próprios da caridade na verdade. Faço votos, portanto, de que se adopte um modelo de desenvolvimento fundado na centralidade do ser humano, na promoção e partilha do bem comum, na responsabilidade, na consciência da necessidade de mudar os estilos de vida e na prudência, virtude que indica as acções que se devem realizar hoje na previsão do que poderá suceder amanhã.[21]

10. A fim de guiar a humanidade para uma gestão globalmente sustentável do ambiente e dos recursos da terra, o homem é chamado a concentrar a sua inteligência no campo da pesquisa científica e tecnológica e na aplicação das descobertas que daí derivam. A «nova solidariedade», que João Paulo II propôs na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1990,[22] e a «solidariedade global», a que eu mesmo fiz apelo na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2009,[23] apresentam-se como atitudes essenciais para orientar o compromisso de tutela da criação através de um sistema de gestão dos recursos da terra melhor coordenado a nível internacional, sobretudo no momento em que se vê aparecer, de forma cada vez mais evidente, a forte relação que existe entre a luta contra a degradação ambiental e a promoção do desenvolvimento humano integral. Trata-se de uma dinâmica imprescindível, já que «o desenvolvimento integral do homem não pode realizar-se sem o desenvolvimento solidário da humanidade».[24] Muitas são hoje as oportunidades científicas e os potenciais percursos inovadores, mediante os quais é possível fornecer soluções satisfatórias e respeitadoras da relação entre o homem e o ambiente. Por exemplo, é preciso encorajar as pesquisas que visam identificar as modalidades mais eficazes para explorar a grande potencialidade da energia solar. A mesma atenção se deve prestar à questão, hoje mundial, da água e ao sistema hidrogeológico global, cujo ciclo se reveste de primária importância para a vida na terra, mas está fortemente ameaçado na sua estabilidade pelas alterações climáticas. De igual modo deve-se procurar apropriadas estratégias de desenvolvimento rural centradas nos pequenos cultivadores e nas suas famílias, sendo necessário também elaborar políticas idóneas para a gestão das florestas, o tratamento do lixo, a valorização das sinergias existentes no contraste às alterações climáticas e na luta contra a pobreza. São precisas políticas nacionais ambiciosas, completadas pelo necessário empenho internacional que há-de trazer importantes benefícios sobretudo a médio e a longo prazo. Enfim, é necessário sair da lógica de mero consumo para promover formas de produção agrícola e industrial que respeitem a ordem da criação e satisfaçam as necessidades primárias de todos. A questão ecológica não deve ser enfrentada apenas por causa das pavorosas perspectivas que a degradação ambiental esboça no horizonte; o motivo principal há-de ser a busca duma autêntica solidariedade de dimensão mundial, inspirada pelos valores da caridade, da justiça e do bem comum. Por outro lado, como já tive ocasião de recordar, a técnica «nunca é simplesmente técnica; mas manifesta o homem e as suas aspirações ao desenvolvimento, exprime a tensão do ânimo humano para uma gradual superação de certos condicionamentos materiais. Assim, a técnica insere-se no mandato de “cultivar e guardar a terra” (cf. Gn 2, 15) que Deus confiou ao homem, e há-de ser orientada para reforçar aquela aliança entre ser humano e ambiente em que se deve reflectir o amor criador de Deus».[25]

11. É cada vez mais claro que o tema da degradação ambiental põe em questão os comportamentos de cada um de nós, os estilos de vida e os modelos de consumo e de produção hoje dominantes, muitas vezes insustentáveis do ponto de vista social, ambiental e até económico. Torna-se indispensável uma real mudança de mentalidade que induza a todos a adoptarem novos estilos de vida, «nos quais a busca do verdadeiro, do belo e do bom e a comunhão com os outros homens, em ordem ao crescimento comum, sejam os elementos que determinam as opções do consumo, da poupança e do investimento».[26] Deve-se educar cada vez mais para se construir a paz a partir de opções clarividentes a nível pessoal, familiar, comunitário e político. Todos somos responsáveis pela protecção e cuidado da criação. Tal responsabilidade não conhece fronteiras. Segundo o princípio de subsidiariedade, é importante que cada um, no nível que lhe corresponde, se comprometa a trabalhar para que deixem de prevalecer os interesses particulares. Um papel de sensibilização e formação compete de modo particular aos vários sujeitos da sociedade civil e às organizações não-governamentais, empenhados com determinação e generosidade na difusão de uma responsabilidade ecológica, que deveria aparecer cada vez mais ancorada ao respeito pela «ecologia humana». Além disso, é preciso lembrar a responsabilidade dos meios de comunicação social neste âmbito, propondo modelos positivos que sirvam de inspiração. É que ocu-par-se do ambiente requer uma visão larga e global do mundo; um esforço comum e responsável a fim de passar de uma lógica centrada sobre o interesse egoísta da nação para uma visão que sempre abrace as necessidades de todos os povos. Não podemos permanecer indiferentes àquilo que sucede ao nosso redor, porque a deterioração de uma parte qualquer do mundo recairia sobre todos. As relações entre pessoas, grupos sociais e Estados, bem como as relações entre homem e ambiente são chamadas a assumir o estilo do respeito e da «caridade na verdade». Neste contexto alargado, é altamente desejável que encontrem eficaz correspondência os esforços da comunidade internacional que visam obter um progressivo desarmamento e um mundo sem armas nucleares, cuja mera presença ameaça a vida da terra e o processo de desenvolvimento integral da humanidade actual e futura.

12. A Igreja tem a sua parte de responsabilidade pela criação e sente que a deve exercer também em âmbito público, para defender a terra, a água e o ar, dádivas feitas por Deus Criador a todos, e antes de tudo para proteger o homem contra o perigo da destruição de si mesmo. Com efeito, a degradação da natureza está intimamente ligada à cultura que molda a convivência humana, pelo que, «quando a “ecologia humana”é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia ambiental».[27] Não se pode pedir aos jovens que respeitem o ambiente, se não são ajudados, em família e na sociedade, a respeitar-se a si mesmos: o livro da natureza é único, tanto sobre a vertente do ambiente como sobre a da ética pessoal, familiar e social.[28] Os deveres para com o ambiente derivam dos deveres para com a pessoa considerada em si mesma e no seu relacionamento com os outros. Por isso, de bom grado encorajo a educação para uma responsabilidade ecológica, que, como indiquei na encíclica Caritas in veritate, salvaguarde uma autêntica «ecologia humana» e consequentemente afirme, com renovada convicção, a inviolabilidade da vida humana em todas as suas fases e condições, a dignidade da pessoa e a missão insubstituível da família, onde se educa para o amor ao próximo e o respeito da natureza.[29] É preciso preservar o património humano da sociedade. Este património de valores tem a sua origem e está inscrito na lei moral natural, que é fundamento do respeito da pessoa humana e da criação.

13. Por fim não se deve esquecer o facto, altamente significativo, de que muitos encontram tranquilidade e paz, sentem-se renovados e revigorados quando entram em contacto directo com a beleza e a harmonia da natureza. Existe aqui uma espécie de reciprocidade: quando cuidamos da criação, constatamos que Deus, através da criação, cuida de nós. Por outro lado, uma visão correcta da relação do homem com o ambiente impede de absolutizar a natureza ou de a considerar mais importante do que a pessoa. Se o magistério da Igreja exprime perplexidades acerca de uma concepção do ambiente inspirada no ecocentrismo e no biocentrismo, fá-lo porque tal concepção elimina a diferença ontológica e axiológica entre a pessoa humana e os outros seres vivos. Deste modo, chega-se realmente a eliminar a identidade e a função superior do homem, favorecendo uma visão igualitarista da «dignidade» de todos os seres vivos. Assim se dá entrada a um novo panteísmo com acentos neopagãos que fazem derivar apenas da natureza, entendida em sentido puramente naturalista, a salvação para o homem. Ao contrário, a Igreja convida a colocar a questão de modo equilibrado, no respeito da «gramática» que o Criador inscreveu na sua obra, confiando ao homem o papel de guardião e administrador responsável da criação, papel de que certamente não deve abusar mas também não pode abdicar. Com efeito, a posição contrária, que considera a técnica e o poder humano como absolutos, acaba por ser um grave atentado não só à natureza, mas também à própria dignidade humana.[30]

14. Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. A busca da paz por parte de todos os homens de boa vontade será, sem dúvida alguma, facilitada pelo reconhecimento comum da relação indivisível que existe entre Deus, os seres humanos e a criação inteira. Os cristãos, iluminados pela Revelação divina e seguindo a Tradição da Igreja, prestam a sua própria contribuição. Consideram o cosmos e as suas maravilhas à luz da obra criadora do Pai e redentora de Cristo, que, pela sua morte e ressurreição, reconciliou com Deus «todas as criaturas, na terra e nos céus» (Cl 1, 20). Cristo crucificado e ressuscitado concedeu à humanidade o dom do seu Espírito santificador, que guia o caminho da história à espera daquele dia em que, com o regresso glorioso do Senhor, serão inaugurados «novos céus e uma nova terra» (2 Pd 3, 13), onde habitarão a justiça e a paz para sempre. Assim, proteger o ambiente natural para construir um mundo de paz é dever de toda a pessoa. Trata-se de um desafio urgente que se há-de enfrentar com renovado e concorde empenho; é uma oportunidade providencial para entregar às novas gerações a perspectiva de um futuro melhor para todos. Disto mesmo estejam cientes os responsáveis das nações e quantos, nos diversos níveis, têm a peito a sorte da humanidade: a salvaguarda da criação e a realização da paz são realidades intimamente ligadas entre si. Por isso, convido todos os crentes a elevarem a Deus, Criador omnipotente e Pai misericordioso, a sua oração fervorosa, para que no coração de cada homem e de cada mulher ressoe, seja acolhido e vivido o premente apelo: Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação.

Vaticano, 8 de Dezembro de 2009.

Publicado por gjemanuel-chaves às 15:31
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Sábado, 2 de Janeiro de 2010

Destaques na Paróquia de Santa Maria Maior - Chaves

Destacamos agora algumas novidades que aconteceram na nossa Paróquia de Santa Maria Maior em Chaves.

No final de Novembro, por parte da Câmara Municipal de Chaves foram colocadas na Igreja Matriz, Igreja da Misericordia, Capela da Santa Cabela (Laro de Camões); Capela de Santa Catarina, (rua 1º de Dezembro) e Capela do Largo do Anjo placas informativas onde descrevem a história e principais caracteristicas de cada edificio.

Aqui ficam as imagens...

 

 

Em Dezembro houve outra novidade, mais em concreto na Igreja Matriz. Nesta foram colocadas duas placas informativas, (da responsabilidade no nosso Pároco - Padre Hélder Sá).

Essas placas tem a informação do horário das Eucarístias no período de Verão e de Inverno.

 

Aqui fica uma foto da placa que está localizada, no lado direito da porta lateral...

 

 

Duas iniciativas de grande valor, que são imrpotantes para quem quer conhecer melhor cada Igreja ou Capela da Paróquia de Santa Maria Maior e também os horários das Eucarístias da Igreja Matriz.

 

Em breve traremos as imagens respectivas à Igreja da Misericordia e Capelas referidas em cima da Paróquia de Santa Maria Maior.

Publicado por gjemanuel-chaves às 16:14
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Mais sobre mim

Pesquisar neste blog

 

Dezembro 2011

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
16
17

18
19
20
21
23
24

25
26
27
28
29
30
31


Posts recentes

Santo Natal e Próspero An...

Atividades de Natal

Convívio de S. Martinho 2...

Benção das Camisolas

OBRIGADO(A) PELAS 0010005...

Resposta ao Comentário so...

Preparação para Domingo

Camisolas do Grupo

Reunião de 16 de Outubro

Reportagem sobre o Convív...

Arquivos

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Junho 2010

Abril 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

tags

todas as tags

Links

blogs SAPO

subscrever feeds