Terça-feira, 23 de Dezembro de 2008

Introdução à Bíblia - 4

Trazemos aqui mais um pequeno texto, de continuação sobre a história da Bíblia. Espero que estejam a gostar deste tema, mas que acima de tudo estejam a aprender.

 

Revelação Progressiva

 

Além da marca histórica, é preciso ter em cnta também o processo da Revelação progressiva. Deus não se deu a conhecer a si mesmo de uma só vez; mas pouco a pouco conforme a capacidade de compreensão do popvo. E o mesmo se pode dizer no que respeita ao modo de vida que lhes ia pedindo. Deus como bom Pai, adapta-se à maneira de ser e de entender de seus filhos, e a partir da sua realidade s vais fazendo caminhar pouco a pouco para Ele.

 

Deus sabe donde parte e aonde quer chegar. E neste caminhar sabe ir lentamente ao ritmo de seus filhos, corrigindo-os e animando-os, mas respeitando sempre a liberdade que lhes deu desde o príncipio. Por isso é tão importante discernir a quem e em que momento de suas vidas dirigiu cada palavra sua. Deus adapta-se com amor e respeito a cada circusntância. Por isso não se podem tirar receitas das suas Palavras.

A Bíblia não se pode tomar como um receituário onde buscar soluções fáceis para os nossos problemas.

 

Para descobrir um pouco a vontade de Deus sobre algum problema importante das nossas vidas é preciso deitar um olhar a todo o processo de revelação bíblica acerca do assunto proposto. A Bíblia explica-se com a Bíblia. Não se pode tirar um texto bíblico do seu contexto histórico e do processo de revelação em que se produziu. Tudo está entrelaçado, apoiado na revelação anterior e como base dos passos que se seguem. Cada passagem forma parte de uma engrenagem de uma imensa fábrica, cujo fim é produzir a luz e a força da Palavra de Deus. Mas se separamos uam peça de engrenagem da cadeia de revelação, por muito brilho que se lhe dê, ainda que a ponhamos como adorno na floreira da mesa central, jamais poderá produzir a luz e a força que está chamada a gerar.

 

NInguém pode conhecer uma pesoa através de um tubo estreito.Veria unicamente o nariz ou o dedo. Seria injusto dizer que essa pessoa é só o nariz porque só viu isso. É preciso olhar a pessoa completa para poder dizer que a conhece. O mesmo se passa com a Bíblia. Por uma citação isolada não se pode dizer que se conhece a vontade de Deus. É preciso olhar o horizonte da revelação com amplitude, desde o príncipio até ao fim.

 

Devemos ir conhecendo a ordem em que se foi escrevendo a Bíblia, de modo que possamos distinguir que profeta foi antes ou depois, ou que parte dos livros históricos se fizeram antes ou depois de outros. Assim saberemos respeitar a pedagogia de Deus, que foi comunicando a sua revelação pouco a pouco, segundo a capacidade de entendimento do seu povo.

Uma lição apoia-se noutra e não dá o mesmo vê-las em qualquer ordem. É util, por exemplo, ao falar do casal humano, saber que primeiro se escreveu o Génesis 2, no qual se afirma qua a mulher é semelhante ao homem em dignidade; e quatro séculos mais trade, depois de passar pela mensagem dos profetas, se escreveu Génesis 1, onde se afirma que os 2, homem e mulher, se assemelham a Deus. Para entender o processo de dignificação da mulher realizado na Bíblia é preciso ver as passagens sobre este tema na ordem em que forma revelados e cotejando-os com a mentalidade de cada época. E o mesmo com qualquer outro tema.

 

Jesus como cnetro e como meta

 

A Bíblia, assim, em todo o seu processo, com Jesus como centro e como meta, tem que chegar a ser espelhoo das nossas vidas. É o mesmo espelho em que se viram os nossos antepassados na fé. Nós procuramos ver-nos nele, iluminados pelo mesmo sol da fé que os ilumina a eles.

 

Os Géneros Literários em Geral

 

Não é a mesma coisa ler um livro de poesias, de história ou novela, obra de teatro, uma carta ou um código de lesi. Diante de cada um tomammos uma atitude diferente. Seria um grave erro ler uma novela tornando-a à letra, como se fosse uma história realmente acontecida; e julgaríamos loucos o que quisesse tomar como léis civis os entusiamos românticos de umas poesias de amor. Pois este erro e esta locura cometemo-la com frequência quando lemos a Bíblia, como se tudo estivesse escrito na mesma classe de género literário. Uma coisa é a linguagem expressa num livro de profecias e outra o que usa um livro de leis como o Levítico. Se se trata de um livro de género poético , como os Salmos não podemos tomar as suas palavras do mesmo modo que as de os géneros literários são, pois, as diversas formas em que pode expressar-se o autor ao escrever, conforme a intenção que procura com o seu escrito. Todos nós usamos diversos géneros literários conforme a nossa intenção. Assim, o namorado dirige-se à namorada duma forma muito distinta da que usa uma jornalista que dá uma informação, ou a forma como um médico prescreve uma receita.

 

Quando um escritor quer transmitir uma mensagem reflecte primeiro sobre a forma literária que deve usar para conseguir este objectivo. No caso de um cientista, por exemplo, é enorme a diferença entre escrever um artigo para uma revista cientifca ou para uma página de jornal.

 

Na literatura os resultados são radicalmente distintos conforme se desenvolve um tema em modo de poesia, de teatro, de novela, de fábula ou de história. Cada uma dessas formas ou géneros literários tem as sua próprias normas, que não se podem aplicar indiferentemente para qualquer tema. Tem que haver uma correspondência entre o tema e a forma. Um assunto criminal, por exemplo, encaixa bem numa forma narrativa de novela, mas não certamente na forma de uma poesia romântica.

Cada forma literária tem a sua forma de apresentar a realidade. POr isso o leitor aborda os livros com distinta expectativa, segundo a forma literária em que forma escritos. Uma novela romântica lê-se com uma expectativa distinta como se lê um livro de história, porque cada forma de linguagem aborda, a seu modo, a realidade. Ninguém espera que as personagens da novela tenham vivido realmente; ou se trata de uma novela histórica, que as personagens tenham dito e feito na realidade aquilo que dizem e fazem na novela. As nossas esperanças são distintas diante de uma colecção de refrães, uma lenda épica, um conto ou uma série radiofónica. Umas e outras são formas literárias de captar e expressar a realidade, mas cada qual a seu modo.

 

(Informações da Folha da Paróquia de Santa Maria Maior - Chaves) 

Publicado por gjemanuel-chaves às 22:50
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